quinta-feira, 1 de novembro de 2012


Novembro chegou e eu fico zapeando entre o som da Janis Joplin e do Led Zeppelin. Nesse momento meu pensamento é pra frente, continuo com a tal alma de estudante, mas com a metade do mundo conquistado. Essa é uma sensação gostosa!

Eu também ando meio preocupada, pois em dezembro preciso de um novo lar e tudo isso apesar de preocupante é engraçado às vezes, essa coisa nossa da procura e de depender de tantas outras coisas e pessoas, sabe?! Uma conversa que tive esses dias com uma amiga e que percebi o quanto somos preguiçosos e acomodados: se tivéssemos apenas uma escolha talvez fosse mais fácil encarar todo esse vazio que caminha nas ruas, porque quase sempre eu sinto vontade de pegar o ônibus e voltar correndo para o conforto.

Na maioria das vezes a gente foge de nós mesmos, feito diabo correndo da cruz, mas no nosso caso tem tipo um encanto da procura, uma doçura e amargo ao mesmo tempo.

Foi bom falar, escrever e expor. Até breve!

sábado, 27 de outubro de 2012


E o "até logo" foi longo desta vez. Entre tanta correria, foi difícil encontrar tempo para colocar ordem na casa. Enfim, agora estamos formados e um mundo de possibilidades se abre para nós. Não sei você, mas eu me sinto com a visão ofuscada, como se estivesse em meio a um vendaval no deserto. A areia no ar me cega, e assim não consigo enxergar o que está a frente, sem contar com algumas miragens que aparecem no meio do caminho. O lado bom de tudo isso é aquela sensação de novidade. De que graça teria a vida se soubéssemos tudo o que vai acontecer?

Tenho sido surpreendido muito este ano. Há tempos não vivia um ano tão longo, extenso e intenso. Muita coisa mudou, mas as raízes permanecem as mesmas. Ainda bem. Nada como ter uma segurança que nos acompanha a todo momento em meio a tantos acontecimentos inusitados do dia-a-dia. E você? Como tem vivido essa fase de transição? Deixamos de ser estudantes para, enfim, abraçarmos o mundo.

E o mundo é grande demais para quem vive das infinitas possibilidades. Me lembro da infância, época em que eu gostava de misturar cores e sabores, a fim de tentar obter um resultado excêntrico. Hoje carrego comigo essa característica de querer experimentar coisas diferentes para saber no que vai dar. Acho que isso é uma característica das pessoas apaixonadas pela arte, como nós. Você também tem essa sensação?

Ao som do samba, a vida dança e nos tira pra dançar também. Quem não sabe sambar, se vira como pode. Acredito que o segredo é justamente procurar aprender. E estamos aprendendo!

terça-feira, 20 de março de 2012


E o ano começou duas vezes, mas na segunda vez eu já me sentia esgotada como se tivesse no meio. Tudo veio a se encaixar depois do carnaval e é engraçado que eu começo a ver um lado que nunca existiu, mas fico feliz por ter o feito existir A G O R A.

Ando tendo paciência com a mesmice excessiva que essa cidade me proporciona.

P A C I Ê N C I A.

Alguém falou algo?

Ouvi algo que nunca tive, é, nunca!

Sinto que a brisa e toda a areia que eu guardei nos sapatos irão me guiar prum lado que eu jamais saberei, mas que será melhor que aqui escondida entre algumas ruas famosas, entre as árvores, entre algumas ruas de terra e entre o portão da minha casa e algum destino.

Em breve tudo será até logo, não?

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012



A renovação vem aos poucos num país em que o ano novo só começa de verdade depois do carnaval. O que ainda não terminou é a história de vida de cada um, que só se encerra quando o misterioso dia chegar. Enquanto isso, escrevemos com algumas vírgulas e até mesmo alguns pontos finais, mas o fim de todos os capítulos será numa data incerta.

Enquanto isso, anotamos tudo na máquina de escrever, cheia de memórias, assim como muitas outras. A máquina não se refere a um ou outro aparelho, mas sim naquela que com nossa tinta relata nossas experiências em 365 páginas por ano.

O combustível que move tudo isso é o desejo. Sem ele, ficaríamos apenas observando o mundo passar sem realmente fazer parte dele. Mas como as coisas não são assim (ainda bem!), caminhamos com ele, seja nas passarelas ou nas ruas que nossos pés conhecem tão bem.

Para tudo não cair na mesmice, só depende de nós para criarmos o novo.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012


O ano começou e agora o tempo parece meio chuvoso, acho que é um pouco de lágrima do ano passado ou alguma limpeza de alma forçada. Sabe, eu até que ando otimista com os dias de janeiro, mas confesso que estou ansiosa pelos dias de julho aqueles que vão me soltar de uma prisão e assim poderei voar pelas ruas.

Uma coisa que ando cansada e que quero distancia é a seriedade do mundo, as pessoas não conseguem ter um momento de leveza, os compromissos nos impõem responsabilidades que nem sempre são da gente, fora os sentimentos que não conseguimos conter no criado-mudo.

Penso que, um dia isso melhora ou acaba de vez, todo tipo de palavra, gesto ou cor é usado como ponto final, vírgula ou banalidade mundial. Engraçado, e a gente se renova tanto no mês de janeiro, será que vale a pena se renovar pra uma coisa que você ainda nem terminou?

Não, não, não serei pessimista!

A única coisa que eu desejo mesmo é realizar os poucos sonhos do começo do ano e continuá-los em outro canto, na esquina do outro lado da rua, até longe do que me faz sorrir – já que é ano-novo eu preciso do NOVO.