terça-feira, 29 de novembro de 2011


Não sei se é porque eu acordei feliz, feliz não, suspirando que a falta de tempo não faz nenhum sentido. Pelo menos agora. É engraçado analisar que ao correr dos dias as coisas mudem e a gente fica aqui no meio da rua achando que nada mudou.

Nesse nada mudou a vida acaba, será que acaba mesmo? Todos os seus questionamentos são meus também e eu ainda não encontrei nenhuma resposta sobre isso, a única coisa que eu sei é que penso sobre VIDA e MORTE todos os dias e acredito na energia da atmosfera, certeza? Nunca teremos de nada.

Quando você fala de intensidade eu já a sinto bem próxima de mim, foi algo que determinei na minha vida: sem intensidade não há trato, tato e nada feito. O meu suspiro de hoje é alguma coisa intensa de meses atrás. Você já viveu uma coisa que chegou a ficar morno – frio- e depois aqueceu de novo?

Por sinal, falando em aquecer o café anda quase frio, mas tento mantê-lo em banho-maria pra algum dia próximo e esse dia tenho certeza que durará 48 horas, os dedos as vezes falham ao “conversar” - será que tudo isso é culpa do depois?

segunda-feira, 28 de novembro de 2011


Tudo está tão corrido que 24 horas tem sido pouco para fazer todas as atividades do dia. Apesar disso, não brigo com o relógio, afinal, a culpa não é dele. Parece estranho, mas tudo isso me faz valorizar mais cada momento. Talvez seja porque os últimos três anos passaram num piscar de olhos.

Pensei em tanta coisa por esses dias...Carreira profissional, perspectivas futuras, lembranças, etc. Por que? Porque me veio um pensamento estranho na semana passada: o que vai acontecer depois que a gente morrer? Não, não estou pessimista, apenas pensei, pra valer, se existe mesmo vida após a morte e o quanto temos que tornar especiais os momentos, tendo em vista que não saberemos o que vem depois. Esqueceremos de tudo e reencarnaremos? Ou simplesmente 'apagaremos', sem poder nos despedir? Mas, mais do que isso, como seremos lembrados? Por essas e outras que acho que é importante deixarmos nossa marca em tudo o que fazemos. Além de apreciarmos as artes, o ideal é fazer arte da nossa vida. Aí é que está a verdadeira imortalidade.

Intensidade é a palavra. Acredito que a mesma intensidade que você está vivendo, que lhe toma parte do tempo até não sobrar nem alguns segundos para sorrir, como você mesma comentou, é o que torna tudo isso inesquecível. Todas as situações pesadas, sejam elas positivas ou não, acabam por nos marcar a memória justamente porque estão mais próximas da realidade. Tudo o que é leve demais se vai, foge do nosso controle. Qual será o meio-termo disso tudo?

quinta-feira, 3 de novembro de 2011


Sei que eu deveria esperar tua resposta de algum canto desse país, mas estou precisando conversar com alguém. Sabe, eu estou sofrendo uma pressão absurda de todos os lados aquelas que te fazem chorar a noite escutando uma música qualquer.

Não querido, não, isso não é nenhum drama – apenas um jeito de poetizar a dor nesse peito de 21 anos recém completados. Eu estou cansada do preconceito em geral, porque os tios, as tias, os pais tendem a dizer que quem um dia tentar a trabalhar com arte é tudo drogado? Tenho que seguir essa linha, por talvez pensar diferente dos outros?

Penso que se tivesse escolhido fazer administração, advocacia ou qualquer porra convencional todos aceitariam melhor, mas não, eu escolhi a publicidade e indícios mostra que devo partir para a fotografia. Que mal há?

De uns tempos pra cá as coisas na minha vida andam acontecendo numa intensidade que só dá tempo de sorrir, o que era pequeno agora é grande e o mundo é muito mais que isso que a gente cria na escola. Me diz, porque eu sou considerada alcoólatra se tomo uns goles pela vida? Quem analisa dessa forma parece que passou a vida inteira tomando água mineral chorando pelos cantos com medo de ser crucificado.

E só quero encontrar alguém que enfrente ou tenha enfrentado essas mesmas coisas e que me fale que é possível suportar, porque aqui dentro do peito eu to quase matando meu coração!