Ah! O disco do Caetano... sabia que tinha deixado ele em algum lugar. Por dias o procurei que nem louca, nas gavetas, nos armários, na pia velha da cozinha e até nos trilhos do metrô. Pelo menos sei que está em boas mãos. A minha vida anda tão corrida que nem consigo te visitar ou ligar.
Por falar em discos, esses dias escutei um do Bob Dylan (eu sei, não é nenhuma novidade escutar Dylan), mas o engraçado foi que só soava em meus ouvidos uma única música (I want you, sabe?) e esse vício vive até hoje.
Gosto da parte em que ele fala - and I wait for them to interrupt me drinking from my broken cup and ask for me to open up the gate for you – pra mim é como se fosse um soco de realidade e eu poderia passar o resto da minha vida repetindo, repetindo e repetindo.
Como pode a música ter o poder de nos tocar, um encanto, uma essência, um caso mal resolvido de uma noite qualquer. Confesso que esse disco do Dylan eu teria ciúmes de esquecê-lo na sua casa, deve ser por isso que eu coloquei o do Caetano na bolsa vermelha – por sinal, tive uma grande ideia, esse pode ficar contigo!
Esse presente não significa que não irei mais visitá-lo. É uma forma de deixar um pedaço que foi meu no canto da sua casa. Fora que às vezes eu brigo com ele, pois sempre o perco ou esqueço em algum lugar, um pouco de distância nos fará bem (risos).
Não se atrase nos outros dias, ou melhor, atrase quando achar necessário.
Um beijo!
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