domingo, 2 de outubro de 2011



No meu criado-mudo existe a gaveta da infelicidade e da felicidade, têm cartas, bilhetes, papéis velhos e amarelados, fones que já não funcionam mais, fotos, alguma saudade e por aí vai. Guardo também algumas coisas desnecessárias, talvez por medo de um dia precisar delas.

Sobre São Paulo, desconhecia essa sua vontade de ir pra lá, o engraçado que a minha cresce a cada feira que passa. Um dia, ainda vou de mala e cuia me perder por lá, talvez encontre alguém que me receba com o coração aberto e me ajude, sei lá.

Sabe, estou lendo o livro da Patti Smith e a cada dia a década de 60 e 70 me inspira, na verdade me sinto um tanto inquieta por ter nascido em 90, por desfrutar somente dessa modernidade mórbida. Prendo-me no quarto com alguns vinis e cadernos dos meus pais, na mente ainda tenho a esperança de viver um terço daquela época e encontrar um cara feito o Robert Mapplethorpe (pode ser o Bob Dylan também) para fazermos arte juntos em um quarto com a luz amarelada.

ATAQUE DE RISOS.

Não tem nada haver com a nossa conversa, mas estava aqui analisando sobre a beleza das pessoas, cheguei a conclusão que não confio em pessoas bonitas. Confio naquelas que são meio caladas, com cabelo bagunçado e que carregam mistério no olhar, no entanto, doçura ao sorrir – e você confia em qual tipo de pessoa?

Fico por aqui, já estou descabelada de sono e ainda tenho que separar umas fotos dos meus pais para um novo projeto.

Um beijo, oito.

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